9 de fevereiro de 2011

'Pelos Campos da Imaginação'

   Ela não entendia ao certo o porque de sua pele arrepiar sem ao menos estar fazendo frio, quando o encantamento de teus olhos vidrados nas palavras traziam esse estado para junto de ti.

 Sentia uma sensação gostosa, como quando deliciava-se ao mar em um dia quente ou como quando se satisfazia com a panela de brigadeiro fria. 

  Com um sorriso imenso exposto custoso de conter, concentrada, ela se entregava, toda envolvida, vivia cada passagem, sentia cada aroma, reparava em cada cor, torcia, vibrava, chorava com as lágrimas da derrota, da dor, do desastre, abandono ou fracasso, até com as gotas de alegria, ela também derrubava e assim sentia.

 Sabia no fundo que nada tinha haver com sua vida, mas era sensível demais e se entregava por inteiro. Era uma amante das historias que a tocavam e assim, aos olhos dos que a julgavam e debochavam, todavia, pouco importava e assim sendo lamentava por não haver delicadeza e sensibilidade nesses que muito pouco sentiam as diversas sensações existentes de se poder caminhar por entre os campos diversos que a imaginação podem levar.

 Ela contudo compreendia, que esse prazer, dela, ninguém tiraria...

(foto: google) 
'Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas'.(Mário Quintana)




2 comentários:

quanto pesa o vento? disse...

gostei tanto das tuas palavras.

"mas era sensível demais e se entregava por inteiro"

abraço.

Luciana Andrade disse...

belo texto
bjs meus